Este módulo é um recurso para professores 

 

Modelo local, cultural da criminalidade organizada

 

Desde o início dos anos de 1970 até ao momento atual, foram conduzidos muitos estudos empíricos e análises de operações e estruturas de grupos criminosos organizados em diferentes partes do globo. Um número significativo destes estudos revelou que os laços culturais ou étnicos, em vez de hierárquicos, aglutinavam criminosos entre si de forma organizada, e muitos dos grupos são de natureza local sem ligações significativas a grupos maiores, ou de localizações distantes. (Abadinsky, 1981; Albini, 1971; Coles, 2001; Ianni with Reuss-Ianni, 1972; Reuter, Rubinstein and Wynn, 1983; Chin and Zhang, 2002)

O modelo local, cultural da estrutura da criminalidade organizada enfatiza a importância da herança (i.e., racial, étnica, nacional, e de outros laços culturais) como sendo a base para a confiança, que é fundamental para estabelecer relações de trabalho em atividades ilegais. (Smith and Papachristos, 2016; von Lampe and Johansen, 2004) Estes grupos são, frequentemente, pequenos, e operam em bairros, ou em pequenas regiões ou territórios, e controlam, nesses locais, parte da atividade ilícita. Estudos revelam que alguns destes grupos criminosos organizados operam com relativa pouca direção ou supervisão nas suas atividades do dia-a-dia. A diferença com o modelo hierárquico reside no facto de como as relações dentro do grupo estão estruturadas, porque os tipos de atividades criminosas são similares entre os grupos, uma vez que todos exploram mercados de produtos e serviços ilícito.

 
 Seguinte: Modelo empresarial ou negocial de criminalidade organizada
 Regressar ao início