Prevenção ao Crime e Justiça Criminal: ações

Combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas

Foto: UNODCO UNODC atende aos estados membros que solicitam apoio para capacitar atores-chave na prevenção ao crime e fazer com que os sistemas de prevenção operem de forma mais efetiva, com atenção especial a grupos vulneráveis.

Desde 1991, o UNODC desenvolve diversas ações para prevenir o crime e promover a Justiça Criminal em parceria com o Departamento de Polícia Federal (DPF), parceiro mais antigo do UNODC no Brasil. As ações, que incluem o aprimoramento da capacidade de investigação da Polícia Federal, controle de precursores químicos usados na fabricação de drogas ilícitas, aquisição de equipamentos de alta tecnologia, realização de estudos para auxiliar o trabalho da Polícia Federal.

Treinamento e capacitação policial, bem como a modernização de estruturas e o treinamento de policiais de outros países de Língua Portuguesa pelo Brasil também fazem parte das atividades.

Saiba mais sobre a parceria entre o UNODC e o Departamento de Polícia Federal no Brasil (DPF)

Cooperação Sul-Sul

Nos últimos anos, o fluxo da cooperação técnica internacional vem deixando de ser prestada do Norte em direção ao Sul, como se observou no decorrer das décadas de 1960, 1970 e 1980. Cada vez mais, países com conhecimento técnico e de boas práticas em uma área têm priorizado auxiliar outros países - principalmente aqueles com características históricas, linguísticas e culturais comuns - a desenvolver soluções próprias para problemas compartilhados. Esse novo fluxo é chamado de Cooperação Sul-Sul e é visto como prioritário entre os países da região.

Saiba mais sobre o UNODC e a Cooperação Sul-Sul no Brasil

Prevenção à violência e juventude

No mundo inteiro, os jovens estão no centro do problema da violência. A maioria das vítimas de mortes violentas é jovem. Eles também figuram entre os principais autores de grande parte dessas mortes. A situação de risco de vitimização ou de entrada no crime de crianças e jovens é reforçada, por exemplo, quando eles vivem em áreas carentes ou favelas com alta densidade populacional, baixa infraestrutura, altos níveis de desemprego, serviços sociais e espaços públicos precários ou inexistentes.

De acordo com recomendações das Nações Unidas, as estratégias de prevenção precisam ser balanceadas e focadas nas causas. Nesse sentido, diversas abordagens podem ser utilizadas para prevenir a violência. Intervenções ambientais e situacionais podem reduzir as oportunidades para o crime; intervenções educacionais e sociais promovem o bem-estar e trabalham na prevenção do envolvimento de famílias, crianças e jovens com o crime ou a vitimização; já abordagens baseadas na comunidade ajudam a construir a capacidade local e a coesão social; e as abordagens de reinserção social podem prevenir a reincidência.

Nesse processo de construção de uma cultura de paz, a partir da prevenção da violência entre jovens, organizações não-governamentais ou da sociedade civil, bem como o setor privado, devem desempenhar um papel central.

Saiba mais sobre as ações do UNODC no programa "Segurança com Cidadania" no Brasil

Saiba mais sobre o programa "Jovem de Expressão"

Enfrentamento da violência de gênero

A violência contra as mulheres representa uma violação à dignidade, à segurança e aos direitos humanos. O tema de violência contra as mulheres é amplo, particularmente no contexto de violência doméstica, conflitos e guerras e tráfico de pessoas. Apesar de ser visto como um assunto da esfera privada, como algo que ocorre entre quatro paredes, não é. A violência contra as mulheres é um crime e o Estado tem a responsabilidade de proteger as mulheres vítimas da violência.

Alguns países carecem de leis que criminalizam a violência contra as mulheres. Outros possuem leis, mas falham na hora de implementá-las. Com vistas a apoiar os Estados Membros na aprovação e aplicação das leis, o UNODC vem atuando nos níveis global, regional e local.

Saiba mais sobre o projeto "Fortalecimento das Delegacias da Mulher e da Sociedade Civil para combater a Violência de Gênero na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai"