Violência contra as Mulheres

 A violência de gênero por parte do parceiro íntimo, em sua forma mais comum, é altamente prevalente em muitas sociedades.

Situações emergenciais como a provocada pela atual pandemia, em que alguns países impuseram medidas de quarentena e de distanciamento social, podem aumentar o risco de violência contra mulheres e meninas por parte do parceiro íntimo.

Nesses casos, ficar em casa não é o mais seguro, já que o lar é frequentemente onde há risco de homicídio, abuso físico, sexual, psicológico, econômico, negligência e controle coercitivo.

No contexto do desemprego e outros impactos econômicos adversos associados à pandemia da Covid-19, mulheres e meninas podem estar particularmente vulneráveis a abusos econômicos e privações durante esse período de confinamento.

Pode haver riscos particulares para mulheres que não conseguem comprar produtos essenciais, como alimentos e medicamentos porque são impedidas por seus parceiros de sair de casa, temem deixar seus filhos com eles ou não conseguem dinheiro para fazer compras.

As medidas para conter a Covid-19 são adotadas de forma uniforme, mas afeta desproporcionalmente certos grupos, incluindo vítimas e sobreviventes de violência doméstica, mulheres sem-teto, mulheres mais velhas e mulheres e meninas com deficiência.

Além disso, mulheres e meninas privadas de liberdade, deslocadas, refugiadas, requerentes de asilo, migrantes e aquelas que vivem em áreas de conflito estão particularmente em risco durante a pandemia.

Evidências de campos de refugiados e zonas de assistência humanitária confirmam que onde as famílias ou indivíduos são mantidos ou alojados próximos por longos períodos, as taxas de violência de gênero contra as mulheres e meninas são elevadas.

A Covid-19, portanto, tem colocado muitos desafios a esses grupos tanto na esfera emocional quanto na econômica que precisam ser superados e a violência que está emergindo agora como uma característica sombria dessa pandemia precisa ser combatida.