Cooperação internacional: Brasil forma oficiais que irão administrar academia de polícia na Guiné-Bissau

Foto: DPF21 de maio de 2010 - Um grupo de nove oficiais da Guiné-Bissau finalizou um curso de planejamento, execução e gestão educacional, ministrado pela Academia Nacional de Polícia, em Brasília. O curso é uma das primeiras ações no processo de implantação de uma academia de polícia na Guiné-Bissau, integralmente financiada pelo governo brasileiro, com investimento de US$ 3 milhões. Os oficiais puderam compartilhar com os colegas brasileiros técnicas de planejamento e gestão educacional, já que serão os responsáveis pela administração da futura academia na Guiné-Bissau.

Como triangulador do projeto, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) se tornou a primeira agência da ONU no Brasil a concretizar um projeto no contexto de cooperação sul-sul, pela qual países que têm traços históricos e culturais comuns podem ajudar uns aos outros a estabelecer soluções para o desenvolvimento e compartilhar experiências bem sucedidas nas melhorias das condições de vida de seus cidadãos.

Reconstrução

Em face da instabilidade política pós-guerra civil, a Guiné-Bissau busca reerguer seus pilares de paz, direitos humanos, segurança, justiça e integridade. A criação de uma academia de polícia poderá contribuir para o aperfeiçoamento das forças policiais do país e apoiar o governo guineense na implementação do Plano Nacional para o Combate de Drogas e Crime, cujas atividades também contam com o apoio do escritório do UNODC.

Os últimos relatórios mundiais sobre drogas produzidos pelo UNODC mostram que, cada vez mais, o crime organizado vem diversificando as rotas e os meios para o tráfico de drogas. E o que se vê é que parte da droga produzida pela América do Sul é exportada para a Europa por meio dos países da África Ocidental, entre eles a Guiné-Bissau. Como cada vez mais o crime organizado vem atuando em diferentes países, e recrutando membros de diferentes nacionalidades, precisamos também atuar de maneira articulada. Com a cooperação entre as autoridades de polícia, de inteligência, de investigação e de Justiça, será possível agir de maneira mais eficaz para fazer frente ao crime organizado e ao narcotráfico.  

Os oficiais formados nesta edição se juntam a outros 66 policiais de Guiné-Bissau que passaram pela academia de polícia brasileira e voltam para o seu país com a responsabilidade de trabalhar pelo o fortalecimento institucional da Guiné-Bissau para garantir a segurança dos cidadãos de seu país.

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