Investigação patrimonial é uma das chaves para combater o crime organizado

23 de Novembro de 2011 - A importância da investigação patrimonial das organizações criminosas foi um dos temas discutidos durante o Seminário Internacional sobre Repressão ao Crime Organizado, Tráfico de Drogas, Tráfico de Armas e Crimes Violentos, encerrado hoje, 23 de novembro, em Foz do Iguaçu.

Segundo o representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC) para o Brasil e Cone Sul, Bo Mathiasen, o combate à lavagem de dinheiro é essencial para enfrentar o crime organizado. "A busca pela investigação patrimonial dos criminosos é fundamental. Só dessa forma é possível impedir que as organizações continuem suas atividades", disse Mathiasen.

Outro aspecto ressaltado pelo representante regional do UNODC é a importância da cooperação na região. De acordo com Mathiasen, o crime organizado está mais presente nos países da América do Sul, o que faz com que os países  tenham que trabalhar cada vez mais de forma conjunta. "Assistimos, recentemente, a uma presença cada vez maior de grupos do crime organizado. Seja por causa da maior repressão na Colômbia e no México, seja porque estes grupos buscam novos mercados. Diante desse cenário, a cooperação internacional e o intercâmbio de experiências em matéria de justiça e de prevenção ao crime tornam-se fundamentais. Este Seminário Internacional serve exatamente para isso. Para trabalharmos juntos, com legislações compatíveis, assumindo uma postura de responsabilidade compartilhada e de confiança mútua, para que possamos obter juntos, conquistas e resultados no combate ao crime organizado", disse Mathiasen.

O Seminário discutiu ainda A importância da cooperação internacional do enfrentamento ao crime organizado; O combate à lavagem de dinheiro como mecanismo de enfrentamento ao crime organizado; o comércio ilegal de armas na América Latina e suas conseqüências; a casuística do tráfico de drogas na América Latina; e cooperação policial.

Durante os dois dias do Seminário, especialistas nacionais da Argentina, Brasil, Paraguai e Estados Unidos, e internacionais do UNODC apresentaram experiências e ferramentas de combate ao crime organizado em suas mais diversas formas.

O seminário é fruto de uma parceria entre o UNODC e a Polícia Federal do Brasil que busca aprofundar o processo de cooperação por meio do intercâmbio de experiências e de informação e estabelecer propostas de agilização e eficácia no combate ao crime organizado na região.

Como guardião da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, o UNODC tem a atribuição de auxiliar os países-membros no constante aprimoramento de suas legislações nacionais sobre o tema e de promover o intercambio de boas práticas entre os países, por meio da cooperação internacional.

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