Novo filme brasileiro aumenta a conscientização sobre o uso de drogas sintéticas e o tráfico internacional de entorpecentes

04 de maio de 2012 - Filmado em Amsterdam, Rio de Janeiro, ea praia do Paiva, em Pernambuco, o mais recente filme brasileiro "Paraísos Artificiais", que esteou na sexta-feira 04, reproduz grandes festas rave no Brasil e na Europa. Durante um festival de arte e cultura alternativa acompanhada pela trilha sonora de música eletrônica, três indivíduos - DJ internacional Erica (Nathalia Dill), Nando vivaz (Luca Bianchi) e Lara aventureiro (Lívia de Bueno) - passam por experiências intensas que trazem sérias consequências para o resto de suas vidas.

O filme traz à tona a necessidade de diferentes setores da sociedade de informação recente sobre os efeitos e riscos relacionados às drogas sintéticas, especialmente no contexto da cultura juvenil, incluindo o concomitante de drogas, overdoses, sexo sem proteção, e tráfico internacional de drogas.

Dirigido por Marcos Prado, que se tornou mais conhecido na indústria do cinema depois dos filmes Tropa de Elite e Tropa de Elite II, o filme foi pré-exibido em uma sessão fechada na quinta-feira, 03, em Brasília para convidados e jovens do programa "Jovem de Expressão", implementado pelo UNODC.

A exposição foi seguida de um debate que reuniu mais de 120 jovens além de Marcos Prado, os atores Luca Bianchi e Lívia de Bueno, o líder juvenil Davidson Pereira e o representante regional do UNODC, Bo Mathiasen.

Durante o debate, questões como a liberdade de escolha consciente, o acesso a informação de qualidade, a oportunidade de ter diferentes opções saudáveis, e uma abordagem de saúde para a dependência química foram levantadas por uma plateia curiosa e motivada.

Uma frase do escritor brasileiro Paulo Coelho, citada durante a discussão, definiu bem o tom do debate: "O grande perigo da droga é que ela mata a coisa mais importante que você precisa vai precisar na vida: o seu poder de decidir. A droga é realmente fantástica, e você vai gostar dela. Mas, cuidado, porque você não vai poder decidir mais nada".

Em busca de fatos para desenvolver o filme de ficção, Marcos Prado, entrevistou policiais e traficantes de drogas, serviços de tratamento e visitou festas raves e festivais em diferentes países.

"Infelizmente, as drogas sintéticas mostram uma tendência crescente em todo o mundo. Nós não só temos mais drogas sintéticas, mas temos também mais tipos de drogas sintéticas. O grande desafio é saber qual será a próxima combinação, a próxima droga sintética no mercado", disse Bo Mathiasen.

O grupo privado Caixa Seguros, parceiro do UNODC no Programa Jovem de Expressão, investiu R$1,5 milhão na produção do filme. Em troca, 6% da bilheteria do filme será revertida para o programa Jovem de Expressão.

O UNODC tem apoiado o debate em torno do filme com dados em relação às drogas sintéticas, conforme mostra o relatório Avaliação Global de ETS 2011, bem como vem incentivando discussões sobre drogas sintéticas, o contexto e os riscos de uso e o tráfico de drogas da Europa para o Brasil.

O programa Jovem de Expressão foi criado em 2007 pelo Grupo Caixa Seguros e desde 2010 é implementado pelo UNODC. O programa visa o empoderamento de jovens para superar as vulnerabilidades associadas às drogas, violência e o HIV / Aids.

O Jovem de Expressão é uma inciativa do Grupo Caixa Seguros em parceria com o Grupo Cultural Azulim, a Cufa-DF, o UNODC e a UNESCO.

 

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