G-20 pode mobilizar setor privado na luta contra a corrupção

06 de maio de 2011 - O diretor executivo do UNODC, Yury Fedotov, chamou as empresas públicas e privadas a implementar medidas concretas e urgentes com vistas a deter a onda de corrupção. "Como demonstraram os eventos recentes no norte da África e no Oriente Médio, a corrupção tem o poder de abalar as fundações da sociedade. Inclusive em regiões onde a paz e a prosperidade prevalecem, a corrupção tem um preço alto".
Dirigindo a conferencia 'Juntando forças contra a corrupção: G20 Governo e Empresas', organizada pela presidência Francesa do G-20 e a OCDE, com o apoio do UNODC, Fedetov disse que é hora  de o G-20 transformar compromissos de anticorrupção em ação. "A comunidade internacional agradece o apoio do setor privado à Convenção da ONU contra a Corrupção. Mas é hora de as empresas  irem além das declarações  agirem de forma concreta. O setor privado pode ter um papel chave para aumentar a prestação de contas e a transparência e fortalecer a economia mundial".
O evento em Paris faz parte dos compromissos assumidos pelos líderes  do G-20 na cúpula de Seoul, em novembro de 2010, na qual o G-20 adotou um Plano de Ação Anticorrupção que reconhece a centralidade da Conferência da ONU contra a Corrupção. O Plano propõe uma abordagem comum e é uma oportunidade para o G-20 de liderar e tornar-se um exemplo na luta global conta a corrupção. Também reconhece que o setor privado tem um papel essencial.
A conferência explora a cooperação público-privada na implementação do Plano do G-20, nos desafios do cumprimento anticorrupção; na luta contra a corrupção na contratação pública; e em revisões das iniciativas anticorrupção para setores específicos. A reunião dos dois setores também deve revelar as práticas comercias mais expostas à corrupção e a criação de passos específicos que os governos e as empresas possam seguir para alcançar as metas do Plano Anti-Corrupção do G-20.
Fedotov apresentou quatro propostas concretas de ações para o setor privado para eliminar a corrupção: adotar políticas anticorrupção do setor privado alinhadas com a Convenção da ONU contra a Corrupção; estabelecer um mecanismo de credibilidade para rever seus próprios compromissos de integridade; investir no fortalecimento da integridade pública em países em desenvolvimento e investir no combate à corrupção nos canais de fornecimento de empresas.
Em outubro, a Conferência dos Estados Membros da Convenção contra a Corrupção será em Marrakesh, Marrocos, para fazer um balanço do progresso global na prevenção da corrupção. "Espero que o setor privado use os meses prévios à Conferência para desenvolver políticas específicas e passos concretos para lutar contra a corrupção", disse Fedotov.
O G-20, estabelecido em 1999, é um fórum para o desenvolvimento econômico internacional que promove uma discussão aberta e construtiva entre países industrializados e mercados emergentes sobre problemas chaves relacionados à estabilidade econômica global. O G20 encoraja a associação público-privada e oferece uma oportunidade significativa para desenvolver e implementar iniciativas que atraiam o setor privado na luta global contra a corrupção.
A Convenção da ONU contra a Corrupção é o primeiro instrumento anticorrupção vinculante. Ela obriga os Estado a prevenir e criminalizar a corrupção, a promover a cooperação internacional na recuperação de ativos roubados e melhorar a assistência técnica e a troca de informações.

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