Com apoio do UNODC, Secretaria Municipal da Saúde distribui mais de 500 mil camisinhas no Carnaval de São Paulo

Camisinhas na folia10 de fevereiro de 2013 - Com o início do Carnaval na última sexta-feira, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) apoiou o Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo para levar ações de prevenção da campanha "Camisinha na Folia" ao desfile das escolas de samba no sambódromo do Anhembi. Só nos dias 8 e 9 de fevereiro foram distribuídos cerca de 200 mil preservativos durante o desfile do Grupo Especial. A previsão é de que, no total, mais de 500 mil preservativos sejam distribuídos pela campanha, que começou em janeiro e vai até o dia 15 de fevereiro, com o objetivo de conscientizar os foliões sobre os riscos de infecção pelo HIV e lembrar a importância do uso da camisinha.

Distribuição de camisinhas no sambódromo

Marcia de Lima, coordenadora do Programa, explicou que no sambódromo é possível ter acesso às pessoas que exageram nas festas de Carnaval e acabam não usando o preservativo depois de abusarem de álcool e drogas: "Esta é uma ação para dar visibilidade à necessidade do uso da camisinha e às informações sobre serviços de teste e tratamento. O apoio do UNODC é fundamental por causa da vulnerabilidade do público durante o Carnaval, que é uma festa que possui um apelo sensual muito grande aliado ao uso abusivo de álcool e drogas, o que vulnerabiliza as pessoas".

Em 2010 foram notificados 2.160 novos casos de Aids no município de São Paulo, uma queda de 25% em relação a 2005. Entre os homens, a proporção de novos casos de Aids entre heterossexuais e homossexuais foi equilibrada, com cada categoria de exposição por volta de 35%. Já entre as mulheres, 85% dos novos casos são entre heterossexuais e 3,6% entre usuárias de drogas injetáveis.

Desfile das escolas de samba no sambódromo"Camisinha na Folia"

A distribuição de preservativos é feita por uma equipe de cerca de 200 técnicos de serviços da Secretaria e agentes de prevenção, que são representantes de diferentes públicos de interesse da campanha, como jovens e travestis, por exemplo, que às vezes já vivem com HIV. "Esses agentes são capacitados pela Secretaria e recebem orientação dos técnicos para fazerem ações de prevenção dentro de suas comunidades", disse Lima.

A campanha marcou presença na avenida com o bloco de Afoxé Omo Dadá, que junto a lideranças de diversas tradições de religiões afro-brasileiras abriu o desfile de sábado no Anhembi na Ala da Prevenção, levando estandartes com mensagens de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e à Aids, por meio da linguagem e da visão de mundo dos terreiros. Na sexta-feira, a distribuição também foi feita nos terminais rodoviários do Jabaquara e da Barra Funda para aqueles que aproveitaram o feriado para viajar. Além disso, ensaios de escolas de samba, bailes e blocos carnavalescos foram palcos de ações da campanha ao longo do período de Carnaval em São Paulo.

Na terça-feira de Carnaval, dia 12, mais ações de prevenção serão realizadas no Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta a partir das 14h, enquanto na quarta-feira de cinzas, dia 13, a campanha estará presente na Banda Redonda na região da Consolação, a partir das 19:30h. Para mais informações acesse o site do Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo.

Veja a galeria de fotos completa da campanha no Carnaval de São Paulo.

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