UNODC discute implantar no Rio projeto de prevenção à criminalidade pelo esporte

 

Após o início do programa "Vamos Nessa" em Brasília, o UNODC realizou uma série de discussões com autoridades governamentais, membros da sociedade civil e organizações esportivas no Rio de Janeiro. Foto: UNODC

Rio de Janeiro, 13 de março de 2017 - O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) iniciou nesta semana a segunda fase de seu trabalho no Brasil que envolve o uso de esportes como forma de  prevenir a criminalidade, a violência e o abuso de drogas na juventude.

Após o início do programa "Vamos Nessa" em Brasília, que pretende dar habilidades para a vida a jovens de comunidades vulneráveis, o UNODC realizou uma série de reuniões com autoridades governamentais, membros da sociedade civil e de organizações esportivas no Rio de Janeiro.

O UNODC reuniu-se com Organizações Não Governamentais (ONGs) que já atuam nessa área, como Craque do Amanhã, Fight for Peace, Gol de Letra, Bola Pra Frente, Instituto Reação e Projeto Grael.

As discussões abordaram a possibilidade de unir forças na promoção dos esportes para o desenvolvimento da juventude e a prevenção ao crime, além de formas com as quais o UNODC poderia complementar o trabalho que já está sendo feito na cidade.

Outro ponto levantado foi como unir o treinamento de habilidades para a vida a capacidades vocacionais e empregatícias com o objetivo de enfrentar múltiplos fatores de risco para a juventude.

Também houve reuniões com a Secretaria de Esportes e Lazer tanto do estado como da prefeitura do Rio para discutir a identificação de principais grupos-alvo e atores-chave na cidade. A expectativa é de que o material de treinamento do programa seja disponibilizado para treinadores, assistentes sociais e outros profissionais que trabalham com jovens em uma série de modalidades esportivas formais e informais.

Também houve discussões com o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro para ajudar a identificar e mapear as áreas em que os jovens estão em maior risco. Assim como em Brasília, onde o UNODC trabalhou de perto com autoridades estatísticas, isso permitirá ao UNODC utilizar dados para identificar regiões que devem ser priorizadas.

Representantes do UNODC também se reuniram com o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, que foi informado sobre o Programa Global de Implementação da Declaração de Doha, do qual a iniciativa faz parte.

O programa social da CBF, lançado recentemente com o objetivo de disseminar a mensagem do uso dos esportes como bem social no Brasil, também foi discutido. O programa da CBF trabalha com crianças entre 6 e 14 anos, enquanto o projeto do UNODC tem como alvo jovens de 13 a 18 anos.

"Para o UNODC, os esportes oferecem o espaço ideal sobre o qual podem ser construídas habilidades para a vida. São essenciais se quisermos oferecer aos jovens, especialmente os adolescentes, uma oportunidade de escapar do crime, da violência e do abuso de drogas que pode ser tão endêmico em algumas comunidades", disse Johannes de Haan, que comanda a iniciativa do UNODC.

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