Mensagem do Secretário-Geral para o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas - 30 de julho de 2015

 

"Em todo o mundo, os criminosos estão vendendo pessoas para obter lucro. Mulheres e meninas vulneráveis constituem a maioria das vítimas do tráfico de pessoas, incluindo aquelas submetidas à exploração sexual degradante.

As vítimas do tráfico de pessoas são frequentemente enganadas e levadas à servidão com a falsa promessa de um trabalho bem remunerado. Os migrantes que atravessam oceanos perigosos e desertos escaldantes para escapar de conflitos, da pobreza e da perseguição, também correm o risco de serem vítimas do tráfico. As pessoas podem encontrar-se sozinhas em um país estrangeiro onde são privadas de seus passaportes, endividadas à força e exploradas como mão de obra. Crianças e jovens podem sentir que suas vidas são roubadas, que são impedidos de obter uma educação e que tem seus sonhos completamente frustrados. Isso é um ataque às suas liberdades e aos seus direitos humanos fundamentais.

Redes criminosas envolvidas no tráfico prosperam em países onde o Estado de Direito é fraco e a cooperação internacional, difícil. Peço a todos os países para combater a lavagem de dinheiro, assinar e ratificar as convenções das Nações Unidas contra a Corrupção e o Crime Organizado Transnacional, incluindo o Protocolo contra o Ttráfico de Pessoas desta última convenção.

Também devemos prestar uma assistência significativa aos necessitados, que inclua a proteção e o acesso à justiça e recursos. Saúdo os doadores que tornaram possível que o Fundo Fiduciário Voluntário das Nações Unidas para as Vítimas do Tráfico de Pessoas dê assistência a milhares de pessoas. Ao mesmo tempo, insisto que façam maiores contribuições para ajudar que os outros milhões de vítimas desse crime sigam em frente com suas vidas.

Todos os países devem trabalhar juntos para superar essa ameaça transnacional e para apoiar e proteger as vítimas, continuando a perseguir e processar os criminosos. No Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas, vamos tomar a decisão de agir em conjunto em nome da justiça e da dignidade para todos."

Ban Ki-moon- Secretário Geral das Nações Unidas 

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